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Última modificação: 08/03/2025

Agroecologia mobiliza mulheres em seis comunidades ribeirinhas

Portal de Notícias Trindade

O Projeto Mapeado e Cultivando a Terra com Agroecologia coordenado pela Associação de Direitos Humanos e Meio Ambiente da Amazônia (ADHMA) está mobilizando famílias de seis comunidades localizadas na região de rios, no entorno de Santarém. A maioria é formada por mulheres.

Na primeira fase do projeto, coordenado padre José Boeing, svd, foram instalados viveiro de mudas para plantio no Sistema Agroflorestal (SAF), instalações para irrigação, hortas comunitárias além da instalação de galinheiros.

Entre as comunidades atendidas estão: Vila Amazonas, Guajará, Membeca, Santana e Lago Central. Mudas de frutíferas como graviola, cupuaçu, cumaru, cacau e caju. Por meio do projeto os comunitários também estão recebendo mudas de Ypê, mogno, cedro entre outras espécies. “Investir nos agricultores e, principalmente agricultoras por meio da produção orgânica e da alimentação saudável, no uso da homeopatia na terra e na venda de produtos saudáveis melhora a qualidade de vida dessas pessoas”, afirmou o Padre José Boeing.  Além das mudas, os comunitários participaram de curso de fabricação de farinha e receberam recursos para construção de uma casa de farinha comunitária.  

Entre as mulheres que participam do projeto está Elenive Maria dos Santos. “É um trabalho muito bonito que vem nos ajudar a ter uma qualidade de vida muito melhor”, comemora. Junto com as amigas Odiane e Onete Elenive se divide entre as tarefas domésticas e da horta comunitária além dos cuidados com a criação de galinhas. Carinhosamente elas batizaram o local de horta mandala. Ela lembra que o formato redondo é uma herança dos indígenas. “Representando a terra, a mandala traz essa experiência de ter um conjunto de criação de galinhas, de plantação de verduras em formato redondo.

A casa também é redonda.  A gente aproveita a terra em todo esse formato. É como não se tivesse um fim, assim como no trabalho que é contínuo”, explica Elenive. 

Moradora da comunidade de Guajará, no rio Amazonas, Elisenay Moreira, também faz parte do projeto. Ela que já tinha curso técnico em agroecologia, diz que juntou o “útil ao agradável”, ao entrar no projeto. Afirma ainda que a agroecologia “é de suma importância para a nossa sobrevivência”. Comemora ainda, o ganho na qualidade de vida que conquistou na comunidade. “A minha qualidade de vida hoje aqui é muito melhor do que quando eu morava em Santarém. Eu já produzo e me alimento aqui do meu quintal”, afirma referindo-se à criação de quase 60 galinhas que mantém com a ajuda do projeto.  Elisenay diz ainda que se sente muito feliz por estar cumprindo a função social da terra “que é produzir”.   

O padre Jose Boeing svd, faz questão de destacar a importância de apoiar as mulheres no cuidado com a “mãe terra” por meio da agroecologia. “Depois de um ano e meio de trabalho, incentivando essas famílias com o apoio de quatro organizações internacionais, a Gerda Henkel e a CNRS Foundantion, Steyler Mission e Verbo Divino,  nós temos o resultado das hortas, do viveiro e da criação de galinhas e os sistemas agroflorestais de cuidado com a terra.

Há uma compreensão que podemos melhorar o nosso convívio com a terra, ela dá o retorno pois se eu cuido da terra, cuido água, cuido da natureza ela nos devolve alimento saudável, esse é o retorno”.

O padre reforça ainda a importância de cuidar do Planeta. “Nós precisamos cuidar da nossa casa comum e com esse projeto estamos fazendo a nossa parte”. Ele lembra ainda que nesse Dia das Mulheres, há motivos para uma dupla comemoração: no sábado, 8 de março, às 19h, na igreja de São Raimundo Nonato, no bairro da Aldeia, será celebrada a missa em comemoração aos 130 anos da chegada da Congregação do Verbo Divino no Brasil e 150 anos de existência mundial.  

Lenne Santos/ ADHMA



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